L U T A S e m p a u t a ...: Ocupar, Resistir, Produzir...
VEJA ARTIGO - Autogestão e relações de mercado capitalistas: autonomia ou adaptação?

26 novembro 2006

Ocupar, Resistir, Produzir...

A crise econômica nos quatro cantos do capitalismo, leva muitas fábricas à falência. Um fato importante é que os trabalhadores decidiram que devem mantê-las funcionando, pois fora delas, o que os espera é o mar do desemprego. Na América Latina, o movimento de fábricas ocupadas está crescendo. Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela, Paraguai...

No Brasil, nas décadas de 80 e 90, várias foram ocupadas durante greves para forçar negociações com os patrões. Alguns exemplos: Ford de São Bernardo do Campo (1981), GM de São José dos Campos (1985), CSN de Volta Redonda/RJ (1988), Belgo Mineira e Mannesmann na região de Contagem/MG (1989) e a Replan de Paulínia (1995). Em todos estes casos o exército interveio para desocupá-las. No caso da CSN, 3 dos operários líderes da ocupação foram assassinados nesse processo.

Pós fins da década de noventa, com as aberturas comerciais ao capital estrangeiro, ocupar fábricas tomando seu controle por tempo indeterminado passou a ser uma forma de impedir seu fechamento. No Brasil muitas delas têm se mantido em funcionamento sob controle operário, apesar de todos os tipos de ataques, seja dos proprietários ou seja do governo, através da justiça e aparato policial. São os casos da Cipla e Interfibra de Joinville/SC e da Flaskô em Sumaré/SP, que seguem sua luta há mais de 3 anos.

Estas experiências cada vez mais andam lado-a-lado com as de ocupações de terra no campo e na cidade. Com o capitalismo extrapolando os limites de suas contradições, a tomada do controle dos meios de produção privados e aparatos públicos do estado pela classe trabalhadora, são a única saída de fuga da barbárie.

No México, onde a população vive uma situação de insurreição permanente, no estado de Oaxaca um passo adiante na organização política destes processos de tomada foi dado com o nascimento da Assembléia Popular. Semelhante a um embrião de conselho ou soviet, este órgão de poder paralelo passou a controlar os serviços públicos, rádios e tvs. Se resistir e se multiplicar, poderá instaurar um poder popular e dos trabalhadores naquele país.

Ocupar, resistir e produzir!!!
Nos organizar, nos armar, tomar o que nos foi roubado e começar de novo segundo nossa vontade...

2 Comments:

At 4:16 PM, Anonymous Anônimo said...

Bacana este blog. Nem sabia que existia fábricas ocupadas em tantos lugares. E de Oaxaca, nem havia ouvido falar.
Parabéns pelo sitio.

 
At 4:31 PM, Blogger Josiane Lombardi said...

Ok Rodrigo, é este mesmo o objetivo do site. Obrigada e aproveite para conhecer os sites dos movimentos através dos links.

 

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