L U T A S e m p a u t a ...: Flaskô organiza mais uma luta contra a CPFL que quer cortar a energia da fábrica
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14 dezembro 2006

Flaskô organiza mais uma luta contra a CPFL que quer cortar a energia da fábrica

Em reunião com os trabalhadores da Flaskô no dia 14/12/06 o gerente da CPFL, Pedro Kurt, diz que “não tem mais negociação, fecha uma fábrica hoje e abre dez amanha”. Afirmou também que os acionistas da CPFL não estão preocupados com o fechamento das fábricas.
Os trabalhadores da Flaskô há 3 anos e meio ocuparam a fábrica, retomaram a produção sob o controle dos trabalhadores e lutam para que o governo Lula assuma sua responsabilidade de manter os empregos e direitos na fábrica, como compromisso assumido em reunião no dia 11/06/03.
Nos 3 anos e meio de ocupação os trabalhadores têm garantido a produção, pagando os salários e lutando pelos direitos. Sabem que o central é manter a fábrica aberta e funcionando, uma fábrica fechada é um cemitério de postos de trabalho.
Após a reunião foi decidido apelar ao Governo Federal, ao Ministério das Minas e Energia, ao Governo Estadual e a Secretária de Energia do Estado de São Paulo para que a CPFL retome a negociação
para impedir o fechamento da fábrica. Foi decidido preparar a resistência para manter os empregos.
Todos os meses os trabalhadores têm honrado o pagamento da energia elétrica, mas como assumiram a fábrica com 2 meses de salários atrasados e dois meses de energia atrasado, para garantir o funcionamento da fábrica é possível todo mês honrar com apenas um pagamento. “A CPFL todo mês recebe um pagamento, é o que podemos fazer para manter a fábrica funcionando enquanto continuamos nossa luta para que o governo estatize a fábrica”, diz Pedro Santinho, Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô. Além disso os trabalhadores têm pago o parcelamento com a empresa de dívidas dos antigos patrões.
“Não é possível a CPFL fazer vista grossas aos empresários por toda parte e querer cortar a energia na Flaskô. Ouvimos dizer que ela tem responsabilidade social, mas isto é conversa fiada. Responsabilidade social é manter as fábricas abertas, porque o emprego é a vida. Nós vamos resistir e temos a certeza que contaremos com o apoio de todo movimento operário e democrático” diz Joaquim Amaro.


MODELO DE MOÇÃO
A Presidência da CPFL
Sr. Wilson Pinto Ferreira Júnior
C/C Pedro Kurt
Tel: (19) 3756-6031ou 3756-8725 alcantara@cpfl.com.br
C/C fax (19) 3864-0242 imprensaflasko@yahoo.com.br

Nós __________ (em nome pessoal ou da entidade) apoiamos a luta dos trabalhadores da Flaskô em defesa do emprego e dos direitos e para isso pedimos que retomem a negociação com os trabalhadores garantido o fornecimento de energia para garantir os empregos.
Contamos com a compreensão desta presidência, sobretudo porque sabemos que a companhia afirma ter Responsabilidade Social, e não seria isto fechando uma fábrica ocupada e controlada pelos trabalhadores.